quarta-feira, 8 de junho de 2016

Espelhos da mente humana













Descobri que sou eterno

perdido nos lastros de um sonho

Percebi que sou volátil

enfeitado com um quê de vida

Almejei muitos caminhos

que me dessem um atalho contemplativo

Sufoquei-me em vãs tentativas

de despertar de uma repetição infernal

Coibido de claras expectativas

acerca dos sentidos entorpecidos

Afundei-me em desespero

desencarnado de um corpo abandonado,

esquecido

Findei meus passos na terra do eternamente

lânguido de vontades e receoso de verdades

O dormir pode ser para sempre

mas o acordar pode não mais chegar um dia







2 comentários:

  1. "Aquilo que já não se vê não podes chamar de presente - é memória ou futuro, invisibilidade portanto." Leia Os velhos também querem viver, de Gonçalo M. Tavares, o livro de que te falei. Procure por aí Shenlong, and keep writing!

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    1. Bonito, gostei! Lerei sim! Obrigado, Lupita! Continuarei!!! :)

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