segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Madrugada, uma lembrança











Fria noite,
carrega-me em teus braços

Lembras do dia
em que vivia de teus laços?

Sábia vida,
ainda desgarrada que enlouquece

Sábio dia,
que frívolo e fugaz me entristece
 
Quero manhãs mais escuras
Quero chafurdar-me na loucura

Quando a manhã se apagar
e minha longa noite retornar

encontrarei motivos para elogiar
encontrarei motivos para regozijar 

voltarei ao meu lindo e belo plano
viver notívago, singrar o oceano

trato então de me contentar
basta, nada mais tenho a falar

suporto o dia com toda minha paciência
mas não esqueço a noite, tenho preferência

saudade de ti, minha amada madrugada fria...





domingo, 23 de agosto de 2015

Palavra forte











Se tudo que eu quisesse lhe dizer
coubesse dentro de uma única palavra, 
essa palavra deveria significar mais do que "amor", 
ser mais longa do que "eternidade" 
e durar mais tempo do que "pra sempre".




segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A vida como um raio











Tão rápido quanto um raio

é a vida passando 
 
em proporção 
 
diante de seus olhos


Quanto vale seu tempo?

mais ou menos 

do que um de seus
 
segundos restantes?
 
 
Não vacile
 
não feche seus olhos
 
piscar é a perda de dias
 
dormir então é sacrificar 
 
muitos dos seus anos...
 
 
 

 

domingo, 16 de agosto de 2015

Madrugando em madrugadas










as madrugadas são frias,
as madrugadas são quietas

madrugadas silenciosas
que sempre são discretas

sou um ser noturno
tirado do cotidiano

se antes via o princípio
agora vejo tudo terminando

rotina perigosa que arrebata,
atormenta em desespero

se antes era notívago
agora sou madrugueiro

vejo tudo ao contrário
contrário do que vivi
contrário do que gostava
oposto do que já senti 



abraço essa causa madrugando
abraço esse dia levantando


se acordado e alerta eu estava, 
vendo o dia chegar para dormir

hoje estou bem mais esperto,
levantando antes do dia surgir

cansado de lhe dar "boas vindas!", 
Madrugada!

agora lhe dou "boa sorte!"

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Belo Horizonte - 24 autores - Maza edições






Exemplar da biblioteca municipal (ainda bem que não é meu)





Vou acrescentar um subtítulo aqui: livro de chegados feito por e para chegados!

Como tudo na vida é sempre zoado, por que é que com esse livro ia ser diferente? Você acredita em mercado (panela) de escritores mineiros? Agora eu acredito! Vou explicar porquê, acompanhem! 

Antes, devo me desculpar pela demora em postar resenhas, não é que eu não estou lendo, estou é sem tempo para escrevê-las! Tenho sete livros (incluindo este) lidos e prontos para serem resenhados. Vou dar cabo disso antes que aumente o número e eu me perca nas informações anotadas.

Então, vamos lá. Para quem ainda não conhece o projeto do livro acima eu vou explicar, até porque eu também não conhecia, mas depois de lê-lo eu tenho minhas dúvidas se deveria tê-lo conhecido.

O projeto se chama: Livro de graça na praça. Consiste em um amontoado de escritores que se reúnem, juntam uma verba (acredito que pública), prensam muitos exemplares para serem distribuídos gratuitamente, e acontece uma vez ao ano numa praça previamente escolhida aqui em Belo Horizonte. Esse é o resumo do que é o projeto, feito por um leigo que não entende de projetos e está aqui para resenhar apenas como um leitor. Ah, e essa é uma edição comemorativa de dez anos do projeto!

Bem, vamos lá. Qual é a "treta" do livro? Vou explicar como eu acredito que tenha acontecido: O idealizador e organizador desse volume tirou um dia de folga e ligou para alguns amigos: "E aí, Manoel, tudo bem? Aqui, me arruma dois quilos de carne moída, filé, contra filé e linguiça. Passo aí as seis pra apanhar tudo, ok?! Ah, se quiser publicar algum dos seus contos é só me entregar junto com o pedido que eu falo que você ganhou um concurso que não foi publicado em lugar nenhum e que você mereceu estar nesse livro, beleza?"

Numa outra situação ele diz: "Professora, como vai a senhora, tudo bem? Estou reunindo contos para um livro do projeto, aquele que é distribuído de graça, lembra? Então, queria saber se a senhora tinha algum conto seu por aí precisando ser publicado, e como a senhora é uma grande erudita e... o quê? Não tem contos? Só textos teórico chatíssimos? Dá na mesma, professora, pode mandar que eu publico!"

Cara, que porre de livro! Mas antes que vocês me façam a pergunta eu respondo: sim, existe algo bom nesse livro (parece um milagre, mas foi obra do destino). Olha lá na capa do livro, tá escrito que são 24 autores, e destes apenas 3 ou 4 foram realmente bons o bastante. 

Vale a pena ler o livro? Na minha opinião (que eu canso de repetir, não vale quase nada), não! Na verdade, não leiam, por favor. Façam esse favor a vocês. Ou então, façam o que eu fiz, mas de forma mais segura. Peguem o livro na biblioteca, anotem o nome dos autores que eu vou indicar e leiam só esses.

Aí, só porque eu disse isso, vocês se sentirão tentados a ler todos os contos. Quando chegarem na tal professora, que eu acho que era um dos cinco primeiros, vão lembrar do meu conselho e vão acabar se arrependendo. 

"Mas, Pedro, seu tonto, por que é que você está resenhando esse livro então?" 

Por dois motivos: primeiro, alguns (quase nenhum) autores se salvam e valem a pena serem lidos (a culpa de estarem no meio de outros autores tão ruins não é deles); segundo, não podia deixar de falar mal de uma coisa tão armada como essa.

Vou fazer uma lista de coisas ridículas que estão nesse livro para elucidar melhor o que eu estou dizendo:


Coisas ridículas:

 
  • Dizem que os autores são mineiros, mas é uma patacoada, existem alguns que não são (e tenho quase certeza, nunca pisaram por aqui).
  • Tem um senhorzinho que é da Academia Mineira de Letras com uma das piores histórias já contadas. Ah, o sujeito nem mora em Belo Horizonte, e já faz muito tempo.
  • Parece que combinaram que alguns dos lugares famosos de BH deveriam ser citados em seus textos e uns autores levaram ao pé da letra e só falaram de lugares em BH, sem enredo nenhum.
  • Um dos sujeitos que não é daqui tentou mostrar uma rota pelas ruas de BH que se torna impossível, pois ruas paralelas separadas por dezenas de outras não fazem conexão entre si em hipótese alguma. A não ser que ele estivesse escrevendo uma ficção científica onde o personagem é sugado por um vórtex temporal e é arremessado noutra rua para chegar ao seu destino. (Ficou claro que o "autor" tentou usar o Google Maps para compor a sua história, trágico!)
  • Tem um sujeito (lembro que foi quem fez o primeiro conto) que escreveu sobre a vida da Dilma aqui no Estadual Central como se ela fosse uma grande rainha dos baixinhos, uma heroína que "nasceu com uma estrela na testa"! Sério, que bosta de "texto", porque é pura puxação de saco. Pura merda!
  • A pomposa e ilustríssima professora (daquelas com mestrado, doutorado e tudo) escreveu a pior (de todas mesmo, nem a Stephanie Meyer perde pra ela) "história" que eu já li na vida. Imagine um dicionário com uma tentativa de enredo, imaginou? Agora acrescente duas porções de arrogância mais alguns nomes de lugares da minha cidade e você terá um "conto" com absolutamente nenhum assunto.


Resumindo, tem tanta porcaria escrita nesse livro que eu fiquei empolgadíssimo, porque eu percebi que qualquer Zé Ruela pode publicar alguma coisa. Vou tentar falar sério, pois esse "livro" não pode ser levado à sério, porque tenho certeza que foi feito para publicar coisas dos "chegados" do organizador (que também escreveu um "conto" bem chinfrim).

É isso, não tenho mais nada...

Opa, já ia me esquecendo. O livro é tão ruim que eu já ia deixando passar os bons escritores que aqui estão. Vamos aos prós dessa coletânea que, se não fossem esses bravos, estaria morta por completo e em algum lugar esquecida.



Putz! Não é que tem prós?!?!:



  • Tem um tal de Frei Betto, já ouviu falar? Eu já, mas não tinha lido nada ainda, mas gostei da narrativa, da forma como ele trabalhou sua história. Muito bem escrito, por isso o texto dele pode ser realmente chamado de conto!

  • No último conto (que foi mais uma crônica), o autor Fernando Fabbrini mereceu a minha gratidão. Fabbrini escreveu um texto maravilhoso com uma ótima crítica ácida a esta cidade recheada de muito bom humor. O Fernando até explica que sempre é convidado para encerrar os livros do projeto com algum escrito seu e eu entendi porquê. Pois se não fosse ele divertindo e empolgando no final, nem o texto do Elvis (que eu vou falar em seguida) salvaria a obra.
 
  • E finalmente o melhor conto da coletânea, o mais bem escrito, o de melhor enredo, mais original e muito, mas muito divertido, intitulado "Elvis"! Caramba, que pegada. Foi o único texto que eu li sem pausas e com a curiosidade lá no alto. O autor Carlos de Campos criou uma história onde o "falecido" cantor estadunidense fingiu a morte e veio morar aqui na nossa capital. Teria o Rei morado em "Belzonte"?? Sério, dá seu jeito e leia esse conto. A trama é ótima e o final é melhor ainda. Recomendadíssimo!!! Obrigado, Carlos, você brilhou e ofuscou muita gente que nem merecia o status que têm!
 
  • Ah, tem mais um pró aqui: eu peguei o livro na biblioteca, porque se eu tivesse pagado por essa porcaria eu estaria muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito puto!

 Pra acabar com essa bagaça:



Como sempre, antes de escrever uma resenha eu dou uma pesquisada a mais para saber de alguns detalhes e, não é que eu encontrei esse livro gratuito sendo vendido na Estante Virtual por até 19 pratas??? Atenção, não se iludam, o livro é realmente gratuito e ainda vem com o selo de "venda proibida" e, mesmo que não viesse, cara!, acredite, não gaste nem um real nesse pseudo "livro"! 

A não ser que seu exemplar venha com um autógrafo do Carlos, aí você pode pagar 20 pratas no livro tranquilamente!



 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Preço de cinema!











Só eu acho isso ou todo mundo? Sim, cinema está cara para cara%&o! E como está! Até as salas de filmes cults estão absurdamente caras! Se você e do tipo que não acha extremamente caro ver um filme por 20 pratas então o seu lugar não é aqui!

Isso é o preço de uma sala pequena que exibe filmes fora do catálogo de Hollywood aqui em BH. Não tem mais do que cem assentos, nem ar condicionado, nem incríveis e potentes caixas sonoras. Os bancos não reclinam e as fileiras dos assentos não são íngremes o suficiente. Os funcionários não sorriem pra você, não te cumprimentam de volta também. O pão de queijo da lanchonete custa 5 pratas e os filmes da Marvel não passam lá!

Ei, esse é só o meu protesto, não estou afirmando que eu estou certo, mas eu baixaria o filme aqui em casa mesmo e toda grana que eu gastei lá eu poderia ter tomado ou comido muito aqui em casa, no conforto do lar. 

A única vantagem que eu vi nesse cinema é que o filme foi muito bom, e a companhia melhor ainda! Fora isso, nada a acrescentar. Se eu falasse: "gostei dessa cena" ou mexesse na pipoca (que custou 10 pratas) alguém olhava para trás desconfortavelmente. O som era bom, mas não tampava nenhum ruído, tive que ficar bem quietinho e só pude rir quando todos riam!

Ah, olha, se não fosse pelo passeio com a minha companheira eu não teria gostado, nem pelo filme ótimo (que logo eu resenharei, acredito eu, pois é realmente muito bom). Viver de prazeres voltados para cultura está cada vez pior. Eu acho um grande absurdo. 

Ninguém aqui fez as contas? Com vinte reais eu compro o filme original em promoção lá na Americanas, por quarenta pratas eu compro sem promoção nenhuma, por cinquenta reais (incluindo a pipoca e duas entradas) eu compraria o filme mais algum brinde qualquer, e poderia ver quantas vezes eu quisesse. Isso é só o que eu gastei num único filme!

Eu não acho que estou exagerando, não achei a minha grana no lixo, pô. Não sou pão duro nem nada disso, quem me conhece sabe que eu não sou assim, mas não acredito que tudo está sempre aumentando e o meu salário não. Não é justo o entretenimento escolhido (TV não é escolha) seja inviável para pessoas com baixo poder aquisitivo. Afinal, nesse preço, se eu quisesse sair todos os finais de semana com minha amada, no segundo final de semana eu já estaria decretando óbito monetário.

O que é que tem num cinema pra ele custar tanto? Hein? Se cem pessoas estiverem vendo aquele filme o valor arrecadado (considerando-se só inteiras) será de R$2.000,00 só numa sessão! Num dia eles ganham mais do que eu ganho num ano! Por$@!

Se todo mundo tivesse consciência da exploração financeira que fazem com a gente, poderíamos boicotar esse tipo de abuso, fazer as empresas pensarem melhor ou ajudar mais algumas delas a irem para o buraco caso não cedessem à pressão (prefiro que elas do que eu). Mas somos todos desunidos demais. Merecemos isso. Mas eu faço a minha parte. Havia alguns meses que eu não ia ver um filme no cinema, agora, ficarei mais alguns anos! 

Não sei se te contaram, mas eu posso baixar tudo de graça aqui em casa se for preciso! Valeu, cinemas!, vocês sabem como conseguir clientes! (E aprendam a sorrir pra quem está torrando grana com vocês, ao menos isso!)

Ah, detalhe: os livros que eu amo tanto, estão com os preços caindo (embora ainda muito caros), em alguns casos até pela metade. Eu posso sofrer com a crise, mas muita gente vai comigo, certo editoras?!

Não importa o governo, quem comanda o mercado são os consumidores. Parem de consumir e tudo cai, simples assim! Ah, se eu conseguisse parar de ler vocês iam ver...




domingo, 9 de agosto de 2015

Quanto vale o amor?












O amor não tem preço, 

o amor não tem tamanho,

mas o amor tem proporção,

mas o amor tem qualificação.


Amar é dar, mas é também receber,

é ter e não ter sem se importar em perder.

Amar é bom, muito bom, mas também é triste.

Quem ama sofre, mas quem não ama...
 
sofre também por não ter amado.



Quanto custa o amor?

O preço que você estiver disposto a pagar por ele!

 
Mas atenção, se não amar direito,

pode até sair muito caro!




Pressa demais











Tenho pressa,
pressa para tudo.

pressa de viver
pressa de correr
pressa de sair
e de chegar também

pressa não para
pressa não descansa
pressa não, pressa não!
mas pressa não larga

pressa pra quê?,
me pergunto
mas tenho tanta pressa
que nem ouvi minha resposta

pressa não presta!




terça-feira, 4 de agosto de 2015

Julgando o livro pela capa!










Sim, sim, meus queridos, tem muita gente que faz isso com corriqueira frequência! Não nego que já me atraí por diversas capas sedutoras e encantadoras; me chamando, me convidando, me tentando e... cof, cof, desculpem, empolguei-me!

Mas até que ponto isso é uma coisa boa para nós, os leitores?! Sim, esse sou eu com mais um texto reflexivo, pronto para dar um pequeno nó filosófico/moral/social de pouca significância na sua cabeça com as minhas indagações sem respostas!

No primeiro texto eu discuti sobre o bem de se ler ou não. Questionei se era válido ser um leitor ou simplesmente isso era mais um comportamento do que uma coisa realmente boa. (Minhas poucas, e muitas vezes desnecessárias, opiniões você encontra aqui: clique numa dessas palavras para ler o texto anterior!)

Agora vou discorrer sobre essa questão de capa! As editoras, como bem vocês podem estar percebendo, andam gastando uma fortuna em lindas capas, dos mais variados tamanhos, cores, formas, brilhos, relevos, bodegas e coisas do tipo. Sim, muita grana! (Folheei um exemplar hoje que, se não me engano, as primeiras dez folhas eram roxas e cheias de desenhos, mais nada)

Alguém vai dizer, "mas é lindo!" Não disse que não era, é sim, mas e aí? Cara, só essas dez folhas roxas no início, mais dez no final totalizando 40 páginas sem nada escrito, só enfeite, nada que acrescente na sua vida (e tem gente que fica babando por isso), exceto que o preço vai lá em cima por conta de cada pequeno detalhe!

Na minha inútil opinião o que deveria ser levado a sério é: integralidade do texto, excelente tradução e uma capa com orelha rígida suficiente para não se despedaçar! Pronto! Não precisa pôr desenho, não precisa pôr enfeite nenhum! Quero um livro sem "requintes"! Se quisesse enfeites e desenhos mandava pôr lacinhos numa HQ e comprava por um preço absurdo!

Não quero ser de todo contra, temos alguns prós: capas bonitas chamam a atenção de leitores (aqueles que precisam se encantar pela capa!), de novos leitores, do pessoal jovem que quer começar a se aventurar na leitura!

Entretanto, tem uma contra partida nisso: muita gente compra livro pra colecionar. Já fui assim em diversas épocas da vida, quando comprava muitos livros e lia pouco num ano qualquer. Mas o que eu ando vendo (vide youtubers de plantão) é uma leva enorme de gente que compra uma porrada de livros e fecha uma renca de parcerias e não lê quase nada! (é óbvio que existe exceções)

Um livro foi feito para ser lido, ao menos é o que eu sinto quando vejo um deles me encarando na estante e dizendo de forma suculenta: "Vai, Pedro, me compra, me leva pra casa, me leia, me devore, me..." Ok! Já deu pra entender!

O que você sente vendo as lindas capas dos novíssimos livros? Sejam sinceros! Eu sei que acende uma vontade louca de tê-los, mas são apenas livros como os outros, certo?!

Outra coisa que me aborrece é o "mais do mesmo"! Eu gosto de ver canais literários e ler coisas sobre livros, mas temos uma repetição trágica aqui, pois todos são parceiros das mesmas editoras e acabam recebendo os mesmos livros e mostram as mesmas coisas, principalmente com comentários do tipo: "essa capa é linda!", "gente, olha que capa linda!", "Olha que diagramação fantástica!" PURO SACO! Isso aí, na minha terra, se chama puxa-saquismo!!! Você ganhar um livro da editora não quer dizer que ela paga o seu sustento, não se vendam tão barato.

E olha que a grande maioria de parceiros não leem seus livros. Vi gente comentando que vai demorar "alguns meses para ler esse", e nem meses depois sai uma "resenha" (aí entra aquela outra questão: resenha não é resumo, galera! Pelos deuses, parem de resumir livros e falarem de suas capas. Eu quero saber da sua emoção ao ler o livro, sua sensação, seu parecer sobre a história, lembrem-se disso! Escrevi sobre esse assunto aqui: clique!).

Não me levem a mal (ou levem, é seu direito também), eu também amo capas, me encanto com elas e também quero todas elas, mas isso não pode ser o fim das coisas! O mais importante é ler, ou eu estou completamente equivocado e uma nova raça surgiu entre nós: os admiradores e colecionadores de livros! Pré-requisitos: amar capas e ter grana! Obs.: não precisa saber ler!

Não se prendam aos seus medos e receios, apenas façam o que quiserem. A vida é curta demais para se preocuparem se estão levando o livro só por causa da sua capa, mas tenho certeza que em algum momento você irá sentir que o conteúdo é sempre mais importante do que a sua simples aparência!



Leiamos todos, leiamos sempre! Abraços




segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Marasmo griposo









Estou viral, cheio de secreções

estou mal, cheio de opiniões

estou chato, desconto no marasmo do dia enfadonho

estou irritado, desconto nesse mundo tão tristonho

vejo tudo cinza, tudo em preto e branco, sem gosto

não sorrio com vontade, hoje não estou disposto

chato, sim, chato estou

eu só quero respirar e melhorar

seguir com a vida e sair do meu lugar

trovejar saúde, trovejar valentia

rir da cara do perigo

e não estar deitado a maior parte do dia



Eu rio da vida, a vida ri de mim, eu canto roucamente, eu sou assim



se faço estardalhaço, se faço pirraça, se choramingo carinho,

estou sendo manhoso, meloso, fraudulento, mesquinho

pois queria era estar bem e alegre, em suma:

sem doença, sem tosse, sem nada, sem porra nenhuma



quero apenas o ar respirar

eu e meu pulmão cheio de apenas oxigênio

não de coisas que eu escarro!