quarta-feira, 3 de junho de 2015

Na corda bamba! - O diário de um artista quase frustrado #2



Momento de decisão:


Como eu disse anteriormente, a vida é um grande mistério e o que nos traz até um determinado ponto é uma grande questão não solucionada. Aí vem o Pedro falando da sua vida (egoísta, narcisista) de novo. Gente, é um diário, tenho que falar da minha vida, conformem-se com isso!  :)

Mas vejam por um lado bom, eu vou contando tudo o que eu já fiz, faço e irei fazer, assim, tudo que deu errado, está dando errado e dará errado, você lerá antes de fazer também! Não é bom isso? Sou praticamente uma cobaia do mundo artístico.

O que me faz pensar sempre, todos os dias quando acordo, é lembrar que eu vivo de arte e que isso não é nada fácil. Eu saí de casa aos 23 anos (decisão difícil e desmedida), mas não voltaria atrás se eu levasse em conta a liberdade criativa que eu consegui, a experiência que eu adquiri e... mas voltaria atrás se eu pensasse somente na parte financeira, aí sim eu voltaria pra casa correndo! (Dureza!)

Se existissem mecenas ainda hoje, eu buscaria por um e viveria tranquilamente produzindo o que eu mais gosto, simples assim. Ao menos pra mim, sucesso, fama, fortuna não são tão importantes (não que eu não os queira), mas o que vale realmente a pena é a satisfação de criar: é um peso enorme que desce das costas e deixa você respirar um pouquinho, para se sentir satisfeito de ter criado mais alguma coisa. Uma felicidade que dura pouco, mas que é um ápice de nossas vidas artísticas. Depois de um tempo, aquele peso torna a subir em nossas costas e fica ali até conseguirmos produzir mais alguma coisa. E assim vamos...

Eu tenho tanta coisa anotada pra escrever, tantas notas guardadas para tocar, tantos traços para desenhar e tanta, tanta, tanta vontade de fazer coisas que eu acabo me perdendo nessa desorganização cerebral. Sim, eu sou falho nisso (espero que eu não seja o único).

Eu acordo, todas as manhãs (já tem uns meses que faço isso), e escrevo na data do dia na minha agenda a seguinte frase: "Eu sou um ser disciplinado!" Olha, tenho que confessar a vocês, eu duvidava que daria certo, mas tenho que dizer: não deu certo mesmo!!!!

Eu continuo escrevendo isso, talvez para não perder as esperanças... talvez porque eu tenha melhorado um pouco na minha desorganização... ou talvez eu seja um tolo mesmo.

Vamos aos tópicos do passado, presente e futuro:




No tempo do onça:


 
Eu tinha essa edição! Cara, como sou velho!!!


Eu comecei com os quadrinhos, mas acredito que a minha formação tenha vindo de muito antes das minha influências. Talvez as belas flores que minha mãe desenhava, talvez as pilhas de livros que meu pai lia, talvez alguma coisa que acontecesse à minha volta e atingisse o meu subconsciente sem que eu percebesse. Realmente não estou disposto a pagar uma terapia de regressão para descobrir. Contento-me com o pouco que me resta de lembrança, e a primeira que recordo-me foram os quadrinhos.

Meu pai pagava uma assinatura da Editora Abril que vinha com quatro títulos de HQs: Luluzinha, Bolinha, Super-Homem e Super Amigos (antigamente se escrevia junto). Foi o que meu pai pensou para formar a minha vontade de leitura, logo ele desistiu de continuar assinando isso, mas mal sabia ele que aquilo realmente teria surtido efeito.

Tinha essa também, era isso que eu lia!
Eu gostava de abrir as embalagens e ficar lendo a Luluzinha e o Bolinha, pois as de super-heróis eram muito complicadas e cheia de poluição visual (ainda são). Mas alguma coisa nos heróis mexia comigo de um jeito que eu precisava entender. Eu tinha muito carinho com as minhas revistinhas, organizava todas elas por números e ficava folheando sem ler. Vai entender o quê o Pedro criança pensava...






O futuro de todos nós... mentira! Só o meu futuro:




Duzentos anos depois da morte do renomado mestre da literatura e da música, Pedro Delavia, sua vida continua sendo estudada. Perguntamos ao senhor Salabim, professor da maior universidade marciana e especialista nesse autor, o que ele acha desse importante nome para o mundo atual? - veja sua resposta:

   - Bem, falar de Pedro Delavia é falar de uma cultura que não se perde no tempo, certo? Vocês aí do outro lado do universo sabem bem como suas teorias futurísticas são empregadas na formação das raças em todas galáxias. Isso falando só da literatura, não quero entrar no mérito da música, pois seria como poetizar sem fim... (suspiro do entrevistado) - Mas Delavia não deixou a desejar em nenhuma parte do multiverso, pois sua vasta obra, mais de mil títulos publicados, satisfaz seus ávidos leitores. Não devemos deixar de lembrar do quanto esse incrível e talentoso escritor, aquém do seu tempo, influenciou e ainda influencia toda uma gama de escritores talentosos...


Cá de volta para essa bagaça:




Preciso comprar um teclado novo, perco um tempo da porra para digitar com essas merdas de teclas agarrando. Não comprem o teclado da marca "Leadership", eles não duram nada, não aguentam nem umas trinta e poucas quedas sem soltar e agarrar teclas. Fujam dessa marca.

Estou querendo escrever mais uma parte do meu conto "Zero" ainda hoje. Prometi fazer isso há umas três noites. Tenho zilhões de resenhas para escrever de filmes, seriados e dos seis livros que estou lendo simultaneamente. Espero terminar três deles antes desse domingo para poder resenhar feliz aqui no blog. Até lá, vou terminando esse diário (que não é escrito todo dia) para começar a leitura do meu próprio conto para poder dar uma continuação nele! Abração e até logo mais!

Adorava essas capas que não tinham o personagem do título!

Saudades da Lulu...





















3 comentários:

  1. Não sabia que sua mãe desenhava flores e seu pai lia mtos livros...daí sua veia artística e literária! Parabéns, Pedro.

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  2. Não sabia que sua mãe desenhava flores e seu pai lia mtos livros...daí sua veia artística e literária! Parabéns, Pedro.

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    1. É, desenhava, pena que não desenha mais, preguiçosa que vc precisa ver!!! :) E sim, meu pai lia muito, pena não ter aproveitado mais desse momento com ele... Obrigado sempre!

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