quarta-feira, 11 de março de 2015

O que não tem solução, solucionado está

E lá vem ele lamentando mais uma vez a perda irreparável daquele antigo blog, sentindo-se desolado e inconformado. Antes de dar por "solucionado" esse problema, deixe-me lamuriar uma última vez...

Tudo começou com uma grande crise econômica e um mau planejamento financeiro que levou-me aos caminhos do ostracismo e do isolamento virtual. Eu, naquela época, não podia pagar mais por um serviço de internet e fiquei assim por mais de dois anos. Sim, longos e insólitos anos distante de toda forma de navegação de dados. E o resultado disso, o preço que eu paguei por essa aventura incauta, foi a perda do meu amado blog: http://phddsophia.blogspot.com.br/ (eis o link para quem estiver interessado). 

Eu chamo de erro irreversível, pois por mais que eu já tivesse tentado reaver minha conta, nada surtiu efeito e foi assim que todo aquele conteúdo (mais de 250 textos desde 2009) se perdeu. Sei que o grande culpado fui eu, não atribuo esse erro ao Google - minha culpa, minha máxima culpa. Eu não me importo de ter que começar tudo de novo (mentira, mas fazer o quê?!), mas é que isso é um sentimento de perda muito grande. Um carinho ferido. 

Eu escrevo há muitos anos, há mais anos até do que eu toco, mas quando comecei o meu blog, algo novo surgiu ali, uma nova fase, uma nova esperança. O respaldo que obtive foi positivo, alguns elogios e incentivos, mas o mais importante: minha satisfação por fazer aquilo que eu gostava. Escrevi tantas coisas, sobre tantos assuntos, que às vezes me deparo com textos que eu nem lembrava ter escrito. Isso é mágico para mim, ver-me por outros olhos, por olhos que não me reconhecem mais como eu era ou pensava. Dentre os estilos retratados naquele aconchegante lugar estavam meus versos (não chamo de poesia, pois não seguem nenhum tipo de métrica. Gosto de "versiar" livremente), contos (histórias que surgem da minha mente fecunda e irrefreável, textos de ficção, fantasia e muita, muita imaginação), crônicas (que eu nomeava com o nome de cotidiano, pois relatava coisas do meu dia a dia que me imbuíam a escrever), textos filosóficos (com a alcunha de "FiloSophia", pois não sou um filósofo de formação, mas sempre fui um grande amigo do saber), entre tantas outras categorias e gêneros. Não digo que foi a perda de um filho, mas foi um grande desleixo, uma espécie de abandono. O blog ainda está vivo, mas pairando pela rede sem dono, sem cuidados e, infelizmente, até ser desativado (espero que não). E o que eu posso fazer por ele? O que eu estou tentando fazer no momento é copiar todos os textos, um a um, e repostá-los aqui, nesse meu novo herdeiro, sem contudo deixar de produzir algo novo. O blog não é só um veículo de divulgação e expressão, para mim, esse blog é um canto da vida, um espaço para a manifestação do meu pensamento e imaginação. Publicar um texto aqui me traz um sentimento de satisfação, uma vitória pessoal, um cumprimento de dever comigo mesmo. É por esse motivo que aqui escrevo e continuarei a escrever.

Quanto ao meu antigo amigo o que posso dizer é: "Honrarei o teu empenho em me fazer feliz, obrigado por ter compartilhado comigo tantos momentos." Mas como disse a pessoa amada: "O que não tem solução..."

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